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Fotos Raras do Karmann Ghia TC

Fotos Raras do Karmann Ghia TC

O Karmann-Ghia é um automóvel esportivo produzido pela Volkswagen, projetado pela empresa italiana Carrozzeria Ghia, e construído pela empresa alemã Karmann. Foi produzido inicialmente na Alemanha, e mais tarde também no Brasil. Cerca de 445.000 Karmann-Ghias foram produzidos entre 1955 e 1975.

karmann ghia
Karmann Ghia

Sua história se inicia nos anos 50, quando a Volkswagen ainda produzia apenas dois de seus best-sellers, o Fusca e a Kombi. Carros simples e que atendiam à população europeia que vivia e se reconstruía após a Segunda Guerra Mundial. Claro que, com o passar do tempo, as necessidades foram se ampliando e a demanda por carros diferenciados passou a fazer parte da rotina da sociedade, não só europeia, mas também mundial.

O primeiro carro da Volkswagen a ser um pouco mais diferenciado, foi a versão conversível do fusca, que já dava sinais de que havia mercado e criatividade para uma nova demanda e novos consumidores. Diante disso, surgiu a ideia de Karmann, famosa empresa de projetos automobilísticos.

A primeira tentativa da empresa não foi aceita pela direção da Volkswagen, e buscando não perder um cliente dessa magnitude, a Karmann foi atrás de um dos estúdios de design mais famosos do mundo, o Estúdio Ghia.

O Estúdio Ghia adquiriu um fusca e, sobre o chassis do veículo, montou o seu protótipo. O desenho alegrou Karmann que apresentou o veículo para o então presidente da Volkswagen. Após muitas conversas e tratativas, o projeto recebeu sinal verde para sua iniciação.

Logo Karmann Ghia

Então no fim o carro seria vendido pela Volkswagen, produzido pela Karmann e o estúdio Ghia ganharia um valor sobre cada unidade vendida. A curiosidade final dessa parte da história fica por conta do nome.

Apesar de ter sido apresentado à imprensa em julho de 1955, o veículo era chamado de Typ 14. Após considerar alguns nomes italianos para o carro, o nome Karmann-Ghia foi escolhido, refletindo a participação das várias empresas em seu projeto. O primeiro modelo do veículo saiu da fábrica em agosto de 1955 e a recepção do público foi fantástica, vendendo mais de 10.000 unidades apenas no primeiro ano de fabricação.

Linhas Volkswagen em 1966

No Brasil

No Brasil, com processo de fabricação artesanal semelhante ao europeu, o VW Karmann-Ghia foi lançado em 1962 no III Salão do Automóvel de São Paulo, no Parque do Ibirapuera. Com linhas aerodinâmicas arredondadas e aparência esportiva que cativou o público, ele foi o terceiro modelo da VW fabricado localmente, depois da Kombi e do Fusca.

Com 1,33 m de altura, 4,14 m de comprimento e 820 kg em ordem de marcha, tinha a opção de pintura saia-e-blusa e pneus de faixa branca, o que lhe dava um charme ainda maior.

Interior Karmann Ghia

Em 1967 a motorização inicial de 1200cc e 36 hp SAE foi substituída pelo motor 1500cc, de 52 hp SAE, conferindo um pouco mais de “esportividade” ao modelo e levando-o, segundo a fábrica, aos 138 km/h de velocidade máxima. Assim o desempenho ficava um pouco mais condizente com o aspecto, pelo menos para os padrões da época.

Além disso, o sistema elétrico passou de 6V para 12V, e o desenho das lanternas traseiras foi modificado.

No final de 1967 foi lançado o Karmann-Ghia conversível, que atualmente é um dos modelos brasileiros mais raros e valorizados. Foram produzidas apenas 177 unidades.

Em meados de 1969 ocorreu o aumento da bitola traseira e do corte dos paralamas traseiros, o que deixou a roda traseira mais visível.

Em 1970 o Karmann-Ghia ganhou o novo motor 1600cc de 60 hp SAE- que tinha um torque maior. Agora eram 10,8 kgfm a 2800 rpm, contra 10,2 kgfm a 2600 rpm do antigo 1500, que respondiam por mais força em arrancadas e retomadas. O sistema de freios foi substituído por freios a discos na dianteira e o modelo dos parachoques passou a ser uma única lâmina com dois batentes com protetores de borracha. Também nesse ano foi lançada a versão TC, com inspiração nos modelos Porsche. Esta reformulação na linha do Karmann-Ghia não foi suficiente para dar sobrevida aos modelos. Em 1971 a Volkswagen do Brasil decidiu começar os preparativos para tirar de linha o modelo tradicional e em 1972 foi a vez da versão TC ter a produção iniciada. O modelo europeu ainda seria fabricado até 1974, totalizando 24600 unidades cupê e 177 conversíveis enquanto o TC permaneceu até 1975, com um total de pouco mais de 18000 unidades produzidas.

A unidade fabril da Karmann Guia em São Bernardo do Campo (SP) continuou fornecendo estamparia para a indústria automobilística brasileira até meados de 2020, quando foi definiticamente fechada. Recentemente, ainda sob comando do grupo nacional ILP Industrial, apresentou um projeto de fabricação de uma versão reestilizada do tradicional cupê esportivo dos anos 1960.

Kharman-Ghia TC

Mesmo que seu design ainda agradasse na época, e praticamente sem concorrentes nacionais, o peso dos anos foi o responsável pelo fim do modelo clássico. A introdução do Typ 34 na Europa trouxe algumas lições para a Volkswagen. O estilo e tamanho do carro foram vistos como fonte dos problemas. Desta forma, ao invés de simplesmente introduzir esse modelo no Brasil, a VW planejava desenvolver um novo modelo. Assim a fábrica preparou um novo modelo para apresentar no Salão do Automóvel de 1970, o Karmann-Ghia TC (Touring Coupê). Apesar de manter vários vínculos estéticos com o seu antecessor, o TC era basicamente um novo carro, destinado a outro nicho do mercado (mais caro). Ao invés da plataforma do sedan, o TC baseava-se na plataforma do TL (seguindo um exemplo do Typ 34). A sua traseira fastback e detalhes dos faróis e pará-lamas o faziam assemelhar-se muito ao Porsche 911 (principalmente o protótipo 695).

Propaganda antiga do Karmann Ghia TC – Veja outras aqui

Medindo 4200 mm de comprimento, 1620 mm de largura, 1310 mm de altura e 2400 mm entre eixos, o carro pesava 920 kg.

A carroceria contava com as mesmas grades dianteiras falsas do modelo anterior, embora ainda maiores. Sua tampa traseira englobava o vidro, tornando-o um hatchback de dois volumes e meio. Esta configuração (assim como no caso da Variant e do Brasília) deixava o motor dentro do compartimento de passageiros. Isso causava problemas de excesso de ruídos, minimizados com a aplicação de isolamento acústico na tampa do motor.

A adoção de freios a disco nas rodas dianteiras e um baixo centro de gravidade contribuíam para o apelo esportivo que a montadora queria do modelo. Mesmo o motor sendo um 1600, como nos últimos Karmann-Ghias, no TC vinha com o mesmo acerto da motorização que equipou o “Super-Fuscão”: quatro cilindros contrapostos, quatro tempos, traseiro, diâmetro e curso do cilindro de 85,5 x 69 mm; 1584 cc, taxa de compressão de 7,2:1; potência máxima de 65 HP SAE a 4600 rpm; torque máximo de 12 mkg SAE a 3000 rpm; sistema de alimentação com dois carburadores de corpo simples, de aspiração descendente. Como resultado a Volkswagen anunciava que seu novo esportivo era capaz de atingir 145 km/h.

O TC era uma proposta inovadora no inexplorado mercado de esportivos brasileiros. Entretanto, a qualidade de sua construção não era tão boa quanto o modelo anterior: logo após seu lançamento, os consumidores começaram a reparar na facilidade de corrosão do carro (principalmente em torno da grade dianteira). A vedação das borrachas nas portas também era alvo de reclamações, uma vez que tal problema multiplicava os focos de corrosão, isto causou o quase desaparecimento dos veículos em circulação, hoje após 40 anos o karmann ghia TC em estado original de conservação é alvo de coleções de alto nível pelo mundo afora.

Além disso, havia a questão do seu planejamento de mercado: na sua faixa de preço, três outras opções de mercado contribuíram para uma vida curta. A primeira era o Puma GTE, que teve justamente nos anos em que o TC foi fabricado, sua época mais forte no mercado brasileiro. Apesar de ser um pouco mais caro, era visto como um carro muito mais esportivo, até mesmo por ser bem mais leve. A segunda era o Corcel GT, da Ford, que estava na mesma faixa de preço, mas era tecnologicamente bem mais avançado. A terceira opção de concorrência veio da própria Volkswagen, em 1972, com o SP1 e SP2, que era um modelo esportivo bem mais “autêntico” e atraente na época. Assim, com vendas bastante baixas durante sua vida (cerca de 18 mil unidades), em 1975 o TC deixou a linha como o último Karmann-Ghia a ser fabricado.

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Fotografias Raras do Projeto Kharman-Ghia TC

Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Volkswagen_Karmann-Ghia#Karmann-Ghia_TC
https://autoentusiastas.com.br/2017/04/lindo-de-morrer/
https://www.saopauloinfoco.com.br/o-carro-das-tres-marcas-a-historia-do-karmann-ghia/

Uma resposta para “Fotos Raras do Karmann Ghia TC”

  1. Tinha 6 anos de idade quando vi um Karmann Ghia pela primeira vez, hoje tenho 65 anos e continuo apaixonado pelo carrinho, já possuí carros zero k, mas meu sonho ainda é o Karmann Ghia.

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